quinta-feira, 20 de novembro de 2008

6 a 2

Penso que há assuntos bem mais importantes do que o "maravilhoso" resultado que a nossa Selecção obteve esta madrugada (hora de Portugal), no jogo amigável frente á selecção Brasileira.
No entanto, não quero deixar de fazer um breve comentário sobre este resultado.

Penso eu, que, alguns dos jogadores que fizeram parte da equipe que jogou contra o Brasil, não deixaram de saber jogar dum momento para o outro.
Assim sendo algo se passa neste momento com esses jogadores.

Depois vejo chamar jogadores á selecção que por algum motivo têm andado afastados dela e até com problemas nos clubes que representam.
Assim sendo algo se passa com esta selecção.

Não quero alongar mais este meu comentário, mas também não quero terminar sem aqui deixar dois reparos a quem de direito da FPF.

Primeiro reparo - O outro seleccionador disse uma vez "... e o burro sou eu..."

Segundo reparo - Aqui talvez fosse de aproveitar a sugestão da Drª Ferreira Leite
"...Façam um intervalo, arrumem a casa e depois continuem..."

Este é o País que temos

Desculpem lá o DESABAFO

Pedro Pampulim

INTERVALO

Depois duma altura em que escrevia mais assiduamente, fiz um intervalo. Não porque, não existam motivos, histórias e casos que não fossem dignos dumas linhas, mas porque era difícil escolher qual das situações era mais merecedora dos meus reparos.
A propósito de intervalo, foi precisamente por causa duma sugestão de intervalo que hoje aqui estou mais uma vez.
E que sugestão foi essa perguntam vocês. Não estão mesmo a ver?

Então vamos lá a essa sugestão.

Todos sabemos que há intervalos no cinema, no teatro, no futebol, etc...etc...etc...

Na política também há intervalos. O intervalo para férias da Assembleia da República por exemplo, o intervalo para férias dos partidos políticos, etc...etc...etc...

O que eu nunca tinha ouvido falar, era que poderia haver um intervalo na escolha de um regime politico de um determinado país.
Mas como estamos sempre a aprender, talvez esta seja uma das oportunidades que temos de aprender mais qualquer coisa.

Alguém do alto do seu pedestal, abre a boca e deixa sair uma "maravilhosa" solução para os problemas do nosso País

"...pare-se a democracia durante seis meses, resolva-se todos os problemas e voltemos á democracia..."

Isto é realmente um espanto.

Agora, já se pode pedir democracia, como quem está num restaurante.

"Olhe por favor, traga-me 34 anos de democracia"

"estava muito bom, agora traga-me 6 meses de ditadura por favor"

" deliciosa esta ditadura, agora traga-me por favor um cheirinho de anarquia"

Como é que é possível que o maior partido da oposição, tenha como dirigente uma pessoa que faz semelhantes observações?

Como é possível que alguém que pensa vir a ser o Primeiro Ministro de Portugal possa dizer tamanho disparate?

Como é possível que um partido como o PSD, que tem pessoas capazes e inteligentes, possa permitir que uma pessoa possa dizer coisas destas, ainda por cima numa entrevista?

Para mim, das duas uma:
Ou a Drª estava a brincar o que não me parece muito provável porque a pessoa em questão tem sempre um ar de poucas brincadeiras, ou então algo de muito mais grave se passa neste País.

Não sou Comunista, não sou Socialista e muito menos Social Democrata, no entanto espero que os dirigentes e militantes do PSD, que durante o silêncio prolongado da Drª em questão, se manifestaram preocupados com esse silêncio, vejam que se calhar era preferível esse período do que aquele que vivem actualmente em que consecutivamente são ditas coisas que estão a deixar toda a gente preocupada e de boca aberta.

Este é o País que temos

Desculpem lá o DESABAFO

Pedro Pampulim

terça-feira, 21 de outubro de 2008

AÇORES vs MADEIRA


Pela opinião recolhida em conversas tidas com várias pessoas sobre os Açores e a Madeira, podemos chegar á conclusão de que os Açores ganham á Madeira em vários aspectos.


Não podemos negar a beleza da Madeira, mas no que toca aos Açores ninguém pode negar também que a beleza destas ilhas é bem mais natural do que a da Madeira.


Não podemos negar que tem havido desenvolvimento na Madeira, mas também ninguém pode negar que os Açores têm tido também um grande desenvolvimento.


Não podemos negar que o PSD e Alberto João Jardim ficarão sempre pelo bem ou pelo mal (consoante a opinião das pessoas), com o seu nome ligados á Madeira, mas também ninguém pode negar que o PS e Carlos César também ficarão sempre com o seu nome ligados aos Açores.


Pensemos agora em termos de Liberdade


Na Madeira


Há por aí, quem diga que na Madeira existe Liberdade, que as pessoas que não apoiam Alberto João Jardim e o PSD têm os mesmo direitos e as mesmas facilidades daqueles que apoiam.

Será que é mesmo assim?


Nada direi sobre isso, deixo que cada um pense por si e tire as suas conclusões.



Nos Açores


Há por aí quem diga que nos Açores não existe Liberdade, que as pessoas que não pensam como Carlos César e o PS não têm os mesmos direitos e facilidades daqueles que apoiam e que nas eleições do passado fim de semana isso iria ser visível.

Será mesmo assim?


Aqui neste caso deixo uma nota antes de os deixar pensar sobre isto.


Se assim fosse como seria possível o resultado verificado nas eleições?

Se assim fosse como seria possível o PC ter voltado a eleger um deputado?

Se assim fosse como seria possível o Bloco ter conseguido dois deputados?

Se assim fosse como seria possível as outras forças políticas terem eleito deputados?


Que estranha maneira de se fazer Política neste País


Este é o País que temos

Desculpem lá o DESABAFO


Pedro Pampulim



domingo, 31 de agosto de 2008

ATÉ UM DIA LENA


Depois de uma ausência razoável, aqui estou eu uma vez mais.
Desta vez não para dizer mal de alguém ou de alguma coisa, mas para dar a conhecer uma triste notícia que recebi ontem (sábado dia 30 de Agosto) ao fim da tarde quando regressava a casa depois de mais um dia de trabalho.

Eram mais ou menos 17,30 recebi um chamada no meu telemóvel.
Um amigo de infância que já não via vai para 19 anos, mas com quem mantenho contacto via net ligou para me comunicar que a cunhada, minha amiga de longa data, tinha falecido de madrugada.
Foi um choque para mim, como devem calcular.
Apesar de saber que estava doente, com uma doença que não é comum e da qual os médicos só há mais ou menos uma dezena de anos têm alguns conhecimentos e mesmo sabendo que estava internada sensivelmente á quatro meses, nada me fazia pensar que a situação viesse a ter este desfecho.
Hoje fui acompanhar a minha amiga no começo da sua última viagem.

Não podia deixar de, aqui ter este desabafo e de lhe prestar a minha homenagem.

Tive a felicidade de conhecer a Lena há muitos anos atrás ( mais de 30), quando ela entrou para a empresa onde eu trabalhava (General Motors de Portugal Ldª).
Desde logo entre nós nasceu uma grande amizade.
Durante anos convivemos dia a dia tendo partilhado não só os momentos bons como também os menos bons que cada um de nós ia tendo.

Numa altura menos boa da minha vida (1985) a Lena foi uma das pessoas, para além dos meus familiares directos, que sempre esteve presente dando-me o seu apoio, a sua amizade e o seu carinho.

Os anos foram passando, partilhando momentos que nunca poderei esquecer.

Quando em 1989 por motivos profissionais nos afastámos fisicamente, a nossa amizade continuou.
Ainda hoje pude reler alguns e-mails que guardo e que fomos trocando ao longo destes anos.

A Lena foi sempre uma mulher trabalhadora, alegre, boa filha, boa mãe, adorava a irmã e uma verdadeira amiga dos seus amigos.

A Lena que nasceu a 29 de Maio de 1953, partiu ontem dia 30 de Agosto de 2008.

Uma vez mais quero aqui manifestar a minha solidariedade para com a sua mãe, irmã e filho neste momento difícil que atravessam.

Tenho a certeza de que a Lena, no local onde se encontra neste momento, estará sempre a olhar para e por nós.

ATÉ UM DIA LENA.

Esta é a vida que temos
Desculpem lá o DESABAFO

Pedro Pampulim

sexta-feira, 25 de julho de 2008

PAREM PARA PENSAR UM POUCO SFF

Depois de uma para uns dias de férias (15 dias), aqui estou eu novamente para vos trazer mais alguns assuntos que nos fazem pensar.

O assunto que lhes trago hoje tem a ver com o que se tem passado na Quinta da Fonte, das imagens que tivemos oportunidade de ver na televisão relacionadas com o dia dos incidentes, outras imagens que também vimos de entrevistas feitas a alguns moradores e de algumas noticias vindas nos jornais.

Tudo isto me tem feito pensar um pouco e gostaria que também o fizessem.

Hoje quando cheguei ao escritório tinha um mail na minha correspondência electrónica que me fez voltar a pensar em tudo isto e vir aqui dar conta dos meus pensamentos. No final irei transcrever o referido e-mail.

Depois daquelas cenas de tiroteio, chegamos á conclusão de que ninguém foi preso.

Porquê?

Depois ouvimos os representantes da Câmara Municipal de Loures afirmar que havia milhares de euros de rendas em atraso, sabendo nós que essas rendas andam na ordem dos 4 e 5 euros mensais.

Como é possível?

Nas entrevistas que vimos com os moradores que afirmam que as suas casas foram pilhadas, dizem faltar: LCDs, Plasmas e outras coisas das quais sabemos os preços.

Não há para a renda de 4 euros mas há para ter todas estas coisas, afinal como é?

Sabemos também que muitas destas famílias são das 335.000 que vivem com o rendimento mínimo.

Será que o merecem ter?


Tudo isto me faz pensar.

Tudo isto me faz confusão.

Tudo isto me faz crer que algo de errado se passa.

Este é o País que temos
Desculpem lá o DESABAFO

Pedro Pampulim

E-mail recebido:



Limpeza étnica
O homem, jovem, movimentava-se num desespero agitado entre um grupo de mulheres vestidas de negro que ululavam lamentos. "Perdi tudo!" "O que é que perdeu?" perguntou-lhe um repórter.
"Entraram-me em casa, espatifaram tudo. Levaram o plasma, o DVD a aparelhagem..." Esta foi uma das esclarecedoras declarações dos auto desalojados da Quinta da Fonte. A imagem do absurdo em que a assistência social se tornou em Portugal fica clara quando é complementada com as informações do presidente da Câmara de Loures: uma elevadíssima percentagem da população do bairro recebe rendimento de inserção social e paga "quatro ou cinco euros de renda mensal" pelas habitações camarárias. Dias depois, noutra reportagem outro jovem adulto mostrava a sua casa vandalizada, apontando a sala de onde tinham levado a TV e os DVD. A seguir, transtornadíssimo, ia ao que tinha sido o quarto dos filhos dizendo que "até a TV e a playstation das crianças" lhe tinham roubado. Neste país, tão cheio de dificuldades para quem tem rendimentos declarados, dinheiro público não pode continuar a ser desviado para sustentar predadores profissionais dos fundos constituídos em boa fé para atender a situações excepcionais de carência. A culpa não é só de quem usufrui desses dinheiros. A principal responsabilidade destes desvios cai sobre os oportunismos políticos que à custa destas bizarras benesses, compraram votos de Norte a Sul. É inexplicável num país de economias domésticas esfrangalhadas por uma Euribor com freio nos dentes que há famílias que pagam "quatro ou cinco Euros de renda" à câmara de Loures e no fim do mês recebem o rendimento social de inserção que, se habilmente requerido por um grupo familiar de cinco ou seis pessoas, atinge quantias muito acima do ordenado mínimo. É inaceitável que estes beneficiários de tudo e mais alguma coisa ainda querem que os seus T2 e T3 a "quatro ou cinco euros mensais" lhes sejam dados em zonas "onde não haja pretos". Não é o sistema em Portugal que marginaliza comunidades. O sistema é que se tem vindo a alhear da realidade e da decência e agora é confrontado por elas em plena rua com manifestações de índole intoleravelmente racista e saraivadas de balas de grande calibre disparadas com impunidade. O país inteiro viu uma dezena de homens armados a fazer fogo na via pública. Não foram detidos embora sejam facilmente identificáveis. Pelo contrário. Do silêncio cúmplice do grupo de marginais sai eloquente uma mensagem de ameaça de contorno criminoso - "ou nos dão uma zona etnicamente limpa ou matamos." A resposta do Estado veio numa patética distribuição de flores a cabecilhas de gangs de traficantes e auto denominados representantes comunitários, entre os sorrisos da resignação embaraçada dos responsáveis autárquicos e do governo civil. Cá fora, no terreno, o único elemento que ainda nos separa da barbárie e da anarquia mantém na Quinta da Fonte uma guarda de 24 horas por dia com metralhadoras e coletes à prova de bala. Provavelmente, enquanto arriscam a vida neste parque temático de incongruências socio-políticas, os defensores do que nos resta de ordem pensam que ganham menos que um desses agregados familiares de profissionais da extorsão e que o ordenado da PSP deste mês de Julho se vai ressentir outra vez da subida da Euribor.

sábado, 21 de junho de 2008

DEVEMOS PENSAR BEM NISTO

DEVEMOS PENSAR BEM NISTO.

Esta é a verdade e cabe-nos a nós mudarmos esta tendência.
Gostava de ter tido a sabedoria para ter escrito o texto que segue abaixo.
Eduardo Prado Coelho, antes de falecer, teve a lucidez de nos deixar esta reflexão, sobre nós todos, por isso façam uma leitura atenta.
Sei que o texto é extenso, mas lê-se facilmente, e também sei que muitos portugueses nem são muito dados a leituras mas, vale a pena ler (é a minha opinião!).
Cada um que interprete como bem entender...

ATREVE-TE A LER, OUSA REFLECTIR, SE TIVERES CORAGEM:

Precisa-se de matéria prima para construir um País
Eduardo Prado Coelho - in Público

A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres. Agora dizemos que Sócrates não serve. E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada. Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates.
O problema está em nós.
Nós como povo.
Nós como matéria prima de um país.
Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro.
Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais.
Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.
Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos ....e para eles mesmos.
Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.
Pertenço a um país:
- Onde a falta de pontualidade é um hábito;
- Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano;
- Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e, depois, reclamam do governo por não limpar os esgotos;
- Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros;
- Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é 'muito chato ter que ler') e não há consciência nem memória política, histórica nem económica;
- Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar alguns.
Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser 'compradas', sem se fazer qualquer exame;
- Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não lhe dar o lugar;
- Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão;
- Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes;
- Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado;
- Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas.

Não. Não. Não.

Já basta.

Como 'matéria prima' de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa.
Esses defeitos, essa 'CHICO-ESPERTICE PORTUGUESA' congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até se converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não noutra parte...

Fico triste.

Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje, o próximo que o suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos.
E não poderá fazer nada...
Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, nem serve Sócrates e nem servirá o que vier.

Qual é a alternativa?

Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror?

Aqui faz falta outra coisa.
E enquanto essa 'outra coisa' não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados....igualmente abusados!
É muito bom ser português. Mas quando essa Portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda...
Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um Messias.
Nós temos que mudar.
Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer.
Está muito claro... Somos nós que temos que mudar.
Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos:

Desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e, francamente, tolerantes com o fracasso.
É a indústria da desculpa e da estupidez.

Agora, depois desta mensagem, francamente, decidi procurar o responsável, não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir) que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido.
Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO DE QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO.
AÍ ESTÁ.
NÃO PRECISO PROCURÁ-LO NOUTRO LADO.

E você, o que pensa?....

MEDITE!

EDUARDO PRADO COELHO

Este é o País que temos
Desculpem o DESABAFO

Pedro Pampulim

quinta-feira, 19 de junho de 2008

É IMPRESSIONANTE

Talvez umas duas ou três semanas atrás fui ao mercado da Lourinhã para comprar peixe na banca do costume. A senhora já me conhece e falamos sobre as mais variadas coisas.
Como não pode deixar de ser no Portugal de hoje, ou se fala da nossa Selecção ou se fala dos problemas que quase todos atravessamos hoje em dia.
Nesse dia falámos dos problemas dos pescadores, do preço do gasóleo etc...etc...etc...

Disse-me então a senhora que os pescadores estavam indignados pois o preço do gasóleo que eles utilizam é o mesmo que o que é utilizado pelos proprietários dos barcos de recreio (veleiros, iates, etc...).

Na altura fiquei a pensar nesse assunto e sem dizer nada achei que talvez não fosse verdade, talvez fosse um pouco de exagero da parte dela.

Pois é, afinal parece que é mesmo verdade.

Hoje de manhã quando saí de casa e liguei o rádio do carro na RFM como é habitual, ouvi as noticias. E não é que uma das noticias era sobre esse assunto.
Diziam então que o Senhor Ministro ia analisar a situação do gasóleo utilizado pelos iates e veleiros para ver se aquele gasóleo estava a ser utilizado nas embarcações com fins comerciais ou não. Era mais ou menos isto.

Quando cheguei ao escritório e liguei o computador, fui ver os e-mails recebidos. Lá estava um, enviado por uma pessoa da minha família e que falava sobre esse mesmo assunto.
Segundo ele, o gasóleo utilizado pelos proprietários dessas embarcações custa € 0,80 tal como o utilizado pelos pescadores.

É IMPRESSIONANTE

Eu e milhares de Portugueses como eu que utilizamos o nosso carro para ir trabalhar ou mesmo como ferramenta de trabalho como o meu caso, temos que pagar o gasóleo a €1,42 e os "senhores" e os "meninos" que andam a passear e a brincar pagam o mesmo gasóleo a € 0,80.

Para além de IMPRESSIONANTE, é uma VERGONHA e uma AFRONTA

Nem faço mais comentários porque iriam ser tão desagradáveis que não me vou atrever a fazê-lo aqui.

Só nos resta mesmo que a Selecção Portuguesa de Futebol ganhe hoje á Alemanha para passarmos á fase seguinte e para ver se temos mais umas alegrias

Este é o País que temos
Desculpem lá o DESABAFO

Pedro Pampulim

sexta-feira, 13 de junho de 2008

ISTO É UMA VERGONHA

Gostava muito de não estar sempre a falar das mesmas coisas, mas na realidade é muito difícil.

Viveram-se nos últimos dias momentos de grande confusão que eu não quero comentar neste momento.

Uma das situações mais graves, foi a falta de combustíveis que prejudicou muito boa gente.

O que eu quero aqui comentar neste momento é a atitude que a GALP teve assim que soube que os transportadores iriam começar a rolar.

Lembro que nos postos da GALP á altura em que começou esta situação o gasóleo estava a 1,41.

Pois os "senhores" da GALP assim que souberam o resultado do encontro da Batalha resolveram nessa mesma noite aumentar os combustíveis, passando o gasóleo para 1,42.

O que é que estes "senhores"estão a pedir?
O que é que o Governo está á espera para tomar medidas?
Até quando teremos que suportar estas situações?

Tenho consciência de que não são assuntos de fácil resolução, mas se houvesse vontade política por parte dos nossos governantes que se fartam de dizer que são Socialistas, que dizem ser de esquerda e que criticam a direita, tudo estaria bem melhor e quando digo tudo seria mesmo tudo: A saúde, a educação, a agricultura, as pescas, a segurança social, o desemprego, a precariedade dos empregos etc...etc...etc...etc...

Este é o País que temos
Desculpem o DESABAFO

Pedro Pampulim

quarta-feira, 11 de junho de 2008

FALHAS GRAVES


Por vezes, ao falarmos, utilizamos expressões menos próprias. Umas que já se usaram e agora não, mas que todos compreendemos e aceitamos outras que com o passar dos anos e as alterações na história do nosso País não se devem usar porque se tratam de erros graves e que até podem ser mal interpretados e ofender algumas pessoas.

Podemos ter como exemplo expressões como:

Ultramar Português, Províncias Ultramarinas ou até o feriado de 10 de Junho que antes do 25 de Abril era chamado de Dia de Camões, da Raça e de Portugal e que por motivos óbvios passou a ser chamado apenas e só Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

Portanto devemos ter algum cuidado quando falamos.

Principalmente quando se tratam de pessoas com cargos públicos e ou políticos e que se dirigem ao País.

Senhor Presidente da República, com todo o respeito que tenho pelos mais altos cargos deste meu País e por V. Exª, não posso deixar de lhe fazer este reparo, Dia da Raça NÃO por favor, isso era no tempo do Salazarismo que felizmente acabou com a revolução do 25 de Abril de 1974.

Estou certo de que, como Presidente de todos os Portugueses como V. Exª faz questão de afirmar, numa próxima ocasião terá o cuidado de não utilizar esta expressão.

Este é o País que temos
Desculpem lá o DESABAFO

Pedro Pampulim

sexta-feira, 30 de maio de 2008

SESSÃO / FESTA


Esquerdas criticam situação social e convocam sessão/festa

Manuel Alegre, alguns dirigentes históricos do Partido Socialista e o Bloco de Esquerda tornaram pública uma declaração de crítica às políticas do governo de José Sócrates na área social, e de compromisso de falar claro "contra o pensamento único, a injustiça e a desigualdade".

O apelo conjunto, com 85 assinaturas, convoca para uma

Sessão/festa com intervenções de Manuel Alegre, José Soeiro, Isabel Allegro de Magalhães
e música dos Rádio Macau, Terrakota e António M Ribeiro


Terça-feira, dia 3 de Junho, 21h30, Teatro da Trindade - Lisboa
Apelo

O 25 de Abril e o 1º de Maio de 1974 ficaram para sempre associados ao imaginário da liberdade e da democracia. Continuam a ser uma referência e uma inspiração. Trinta e quatro anos volvidos, apesar do muito que Portugal mudou, o ambiente não é propriamente de festa. Novas e gritantes desigualdades, cerca de dois milhões de portugueses em risco de pobreza, aumento do desemprego e da precariedade, deficiências em serviços públicos essenciais, como na saúde e na educação. Os rendimentos dos 20 por cento que têm mais são sete vezes superiores aos dos 20 por cento que têm menos.A corrupção e a promiscuidade entre diferentes poderes criaram no país um clima de suspeição que mina a confiança no Estado democrático.Numa democracia moderna, os direitos políticos são inseparáveis dos direitos sociais. Se estes recuam, a democracia fica diminuída. O grande défice português é o défice social, um défice de confiança e de esperança.O compromisso do 25 de Abril exige que se restaurem as metas sociais consagradas na Constituição da República. E exige também uma crescente cidadania contra a insegurança, contra as desigualdades, por mais e melhor democracia.Não podemos, por outro lado, ignorar a persistência de uma política de agressão, bem como as repetidas violações do direito internacional e dos direitos humanos. Bagdad, Abu-Ghraib e Guantánamo são os novos símbolos da vergonha. Não se constroi a paz com a guerra. Nem se defende a democracia pondo em causa os seus princípios. E por isso, hoje como ontem, é preciso lutar pelos valores da Paz e pelos Direitos Humanos.Não nos resignamos perante as dificuldades. Como escreveu Miguel Torga – “Temos nas nossas mãos / o terrível poder de recusar.” Mas também o poder de afirmar e de dar vida à democracia.Os que nos juntamos neste apelo, vindos de sensibilidades e experiências diferentes, partilhamos os valores essenciais da esquerda em nome dessa exigência. É tempo de buscar os diálogos abertos e o sentido de responsabilidade democrática que têm de se impor contra o pensamento único, a injustiça e a desigualdade.
Manuel Alegre - deputado e escritor; Isabel Allegro Magalhães - professora universitária; José Soeiro - deputado; Abílio Hernandez - professor universitário; Acácio Alferes - engenheiro; Albano Silva - professor; Albino Bárbara - funcionário público; Alexandre Azevedo Pinto - economista, docente universitário; Alfredo Assunção - general, militar de Abril; Alípio Melo - médico; Ana Aleixo - médica; Ana Luísa Amaral - escritora; António Manuel Ribeiro - músico; António Marçal - sindicalista; António Neto Brandão - advogado; António Nóvoa - professor universitário; António Travanca - professor universitário; Augusto Valente - major general, militar de Abril; Camilo Mortágua - resistente; Carlos Alegria - médico; Carlos Brito - ex-deputado; Carlos Cunha - engenheiro; Carlos Sá Furtado - professor universitário; Carolina Tito de Morais - médica; Carreira Marques - ex-autarca; Cipriano Justo - médico; Cláudio Torres - arqueólogo; David Ferreira - editor; Dinis Cortes - médico; Edmundo Pedro - resistente, ex-deputado; Eduardo Milheiro - empresário; Elísio Estanque - professor universitário; Ernesto Rodrigues - escritor; Eunice Castro - sindicalista; Fátima Grácio - dirigente associativa; Francisco Fanhais - músico e professor; Francisco Louça - deputado; Francisco Simões - escultor; Helena Roseta - arquitecta, autarca; Henrique de Melo - empresário; João Correia - advogado; João Cutileiro - escultor; João Semedo - deputado; João Teixeira Lopes - professor universitário; Joaquim Sarmento - advogado, ex-deputado; Jorge Bateira - professor universitário; Jorge Leite - professor universitário; Jorge Silva - médico; José Aranda da Silva - ex-Bastonário Farmacêuticos; José Emílio Viana - dirigente associativo; José Faria e Costa - professor universitário; José Leitão - advogado, ex-deputado; José Luís Cardoso - advogado, militar de Abril; José Manuel Mendes - escritor; José Manuel Pureza - professor universitário; José Neves - fundador do PS; José Reis - professor universitário; Luís Fazenda - deputado; Luís Moita - professor universitário; Luisa Feijó - tradutora; Mafalda Durão Ferreira - reformada da função pública; Manuel Correia Fernandes - arquitecto, professor universitário; Manuel Grilo - sindicalista; Manuel Sá Couto - professor; Manuela Júdice - bibliotecária; Manuela Neto - professora universitária; Margarida Lagarto - pintora; Maria do Rosário Gama - professora; Maria José Gama - dirigente associativa; Mariana Aiveca - sindicalista; Natércia Maia - professora; Nélson de Matos - editor; Nuno Cruz David - professor universitário; Pacman - músico; Paula Marques - produtora; Paulo Fidalgo - médico; Paulo Sucena - professor; Pio Abreu - psiquiatra; Richard Zimmler - escritor; Rui Mendes - actor; Teresa Mendes - reformada da função pública; Teresa Portugal - deputada; Ulisses Garrido - sindicalista; Valter Diogo - funcionário público aposentado; Vasco Pereira da Costa - escritor, director regional da cultura;

terça-feira, 20 de maio de 2008

BOICOTE

Ontem recebi um e-mail sobre os sucessivos aumentos dos combustíveis.
E-mail esse que li com toda a atenção e ao qual não podia deixar de dar o meu apoio e de aqui o divulgar
No referido e-mail fazia-se o apelo para que nos próximos dias 1, 2 e 3 de Junho, as pessoas não abastecessem nos postos da Galp, da Bp e da Repsol, uma vez que são estes senhores que têm combinado os aumentos de preços, sugerindo que as pessoas vão abastecer aos postos que continuam a vender com preços mais baixos.

Na realidade esta situação é verdadeiramente escandalosa. Desde o principio do ano já foram feitos 20 aumentos aos preços dos combustíveis.

Na realidade já é hora de dizermos BASTA

Na realidade já é hora de se fazer alguma coisa

Diz o Governo que já pediu um inquérito.
Mas para quando teremos o resultado?
E que medidas irão ser tomadas?

Uma vez que a situação continua sem se ver uma luz ao fundo do túnel, é realmente hora de se passar á acção.

Portanto:

DIA 1, 2 E 3 DE JUNHO, PROCUREM NÃO ABASTECER NOS POSTOS DA GALP, BP E REPSOL.

Não custa nada ir abastecer noutro posto e até pode ganhar alguma coisa com isso. Lembre-se que entre os postos acima referidos e os outros chegam a existir diferenças de 6 ou 7 cêntimos por litro o que num abastecimento de 50 litros pode significar uma poupança de quase 3,50 euros.

Alguém um dia disse ... a luta continua, a vitória é certa.....

Podemos não conhecer o autor da frase
Podemos gostar ou não dessa pessoa e das suas ideias
Mas na realidade nada se consegue sem se lutar

DIAS 1, 2 E 3 DE JUNHO JORNADA DE LUTA CONTRA OS GRANDES SENHORES DA GALP, BP E REPSOL

Este é o país que temos
Desculpem lá o DESABAFO

Pedro Pampulim

quarta-feira, 14 de maio de 2008

SOBE, SOBE BALÃO SOBE

Uns anos atrás tivemos uma canção que fez algum êxito e que tinha por título precisamente : "Sobe, Sobe balão sobe"

Como a maior parte das canções que têm o seu tempo, também esta subiu tanto que o balão acabou por rebentar e se deixou de ouvir.

Apesar de não ter jeito nenhum para fazer letras para canções, hoje de manhã ao ouvir o noticiário na RFM, tive vontade de fazer uma letra com um titulo parecido e que seria:
" Sobe, Sobe combustível Sobe"

A intenção não seria de maneira nenhuma tentar ter êxito, mas sim ver se de uma vez por todas também este balão rebentava como o outro.

Muito sinceramente não sei o que é que estes "Senhores" querem fazer com estes aumentos sucessivos. Para quem não sabe, esta noite foram mais 3 cêntimos.

Só nos resta esperar que isto suba tanto que dê um estoiro de uma vez por todas e que os efeitos desse estoiro atinja em cheio quem tem provocado toda esta situação, porque nós trabalhadores, já estamos fartos de sermos atingidos por todos estes aumentos

Este é o País que temos
Desculpem lá o DESABAFO

Pedro Pampulim

sábado, 10 de maio de 2008

O PAÍS QUE TEMOS

PORTUGAL - PAÍS DE GRANDES DIFERENÇAS

Ontem, ao ver o noticiário da SIC, só não fiquei com os cabelos em pé porque uso gel e porque vou estando mais ou menos atento ao que se passa neste cantinho á beira mar plantado.

Todos sabemos (penso eu), que estamos a atravessar uma crise económica bastante grande, que cada vez mais há mais pessoas com grandes dificuldades, que o próprio Banco Alimentar disse recentemente que existe um maior número de pessoas que os procuram a pedir ajuda e alimentos, que cada vez mais a banca tem o crédito mal parado a aumentar de ano para ano, que os salários não acompanham o aumento de custo de vida etc...etc...etc...

Sabendo isto, como é possível ver e ouvir a notícia que deram ontem sobre os ricos em Portugal e ficar de braços cruzados.

Para quem não viu, aqui vão alguns exemplos do que ouvi ontem e me deixou completamente irritado:

Moradia na Quinta da Marinha com uma despesa mensal de manutenção de 2.000 euros custa 4,5 milhões de euros e têm dois clientes interessados.

Apartamentos de luxo no edifício do antigo Hotel Estoril Sol custam entra 1 milhão e 3,5 milhões de euros, já têm dezenas vendidos.

Numa ourivesaria de Lisboa ( em que o próprio proprietário estava admirado ), têm encomendas de relógios que só podem satisfazer em 2010 e 2012 e que custam 700.000 euros

Uma marca de automóveis de luxo que em 2006 estava a sentir uma quebra nas vendas, disse que 2007 foi um anos de recuperação tendo superado os números de 2006 e que no 1º trimestre de 2008 bateram o recorde de igual período de 2007. Carros que custam cerca de 150.000 euros

Estes, são alguns exemplos do que ouvi ontem.

Como eu, milhares de pessoas devem ter ouvido
Como eu, também os dirigentes partidários devem ter ouvido
Como eu, também os dirigentes sindicais devem ter ouvido
Como eu, também os nossos governantes devem ter ouvido
COMO EU TU TAMBÉM OUVISTE

PERGUNTO

Até quando ouviremos estas notícias?
Até quando ouviremos estas notícias sem dizer nada?
Até quando ouviremos estas notícias sem fazer nada?

Este é o País que temos
Desculpem lá o DESABAFO

Pedro Pampulim

quarta-feira, 30 de abril de 2008

SAUDADE

Estão habituados a que os meus desabafos sejam normalmente para dizer mal de alguém ou de alguma coisa. Este não é.

Quero falar de alguém muito especial.

Alguém que durante toda a sua vida viveu momentos muito felizes
Alguém que durante toda a sua vida viveu momentos em que muito sofreu
Alguém que deu tudo o que tinha e por vezes o que não tinha
Alguém que dava sem nada em troca querer
Alguém que me ensinou a ser o que hoje tento ser
Alguém que ainda hoje me faz muita falta
Alguém que mesmo lá longe certamente me acompanha e me guia
Alguém que tinha como nome Maria

Maria Guilhermina

Todos os dias estás presente no meu pensamento
Agora que se aproxima o teu dia não podia deixar de te fazer esta homenagem
Foste a melhor MÃE do mundo
OBRIGADO

Pedro Pampulim

ONDE VAMOS PARAR

Saí de casa pelas 8 horas da manhã, como faço todos os dias, em direcção a Torres Vedras meu local de trabalho. Logo que entro no carro ligo o rádio. Estavam a dar as notícias.

Para começar bem o dia e ficar bem disposto, a noticia de abertura era relacionada com o novo aumento de combustíveis que tinha entrado em vigor ás 0 horas.

Como também já vem sendo hábito era um aumento pequeno, coisa pouca, 3 cêntimos no gasóleo e 2,1 nas gasolinas. O que quer dizer que o gasóleo já está em € 1,33.

A minha vontade foi parar o carro e voltar para casa, o que infelizmente não pude fazer porque como a grande maioria dos portugueses, também eu preciso trabalhar.

A minha profissão (consultor imobiliário) obriga-me a utilizar o carro, não só para me deslocar de casa para o escritório, mas também para o desempenho das minhas funções.

O aumento dos combustíveis, não só prejudica quem necessita utilizar transporte próprio como também vai fazer com que todos os produtos sofram aumentos, porque directa ou indirectamente os combustíveis influenciam os seus preços.

Imagine-se a influência destes aumentos nos transportes colectivos (autocarros, camionetas ou táxis)
Imagine-se a influência destes aumentos nos transportes de mercadorias.

ONDE VAMOS PARAR

Resta pensarmos de quem será a culpa destes aumentos.

Das Gasolineiras?

Se é possível algumas grandes superfícies, venderem os combustíveis com diferenças para menos na ordem dos 6 a 10 cêntimos e têm a sua margem de lucro, então chegamos á brilhante conclusão de que as gasolineiras estão a ter uma margem de lucro bastante grande.

Do Governo?

Todos sabemos que nos preços praticados pelas gasolineiras há uma percentagem grande que são impostos para o Estado.

De ambos?

Claro que sim, claro que a culpa não é só de uma das partes, é certamente de ambas as partes.

Para se ter uma ideia do que se está a passar, vejam só:
Desde Janeiro deste ano os combustíveis aumentaram 14 vezes e só desceram 3 vezes.

Até quando iremos aguentar esta situação?
Até quando iremos comer e calar?

Este é o País que temos
Desculpem lá o DESABAFO

Pedro Pampulim

segunda-feira, 28 de abril de 2008

MAIO

MAIO - Mês de Maria
MAIO - Mês da Final da Taça de Portugal
MAIO - Mês das eleições no PSD
MAIO - Mês de tantas outras coisas
Mas mais importante do que tudo isso, MAIO é o mês do Trabalhador, o mês em que se comemora o dia do Trabalhador, DIA PRIMEIRO DE MAIO.

Tal como tem vindo a acontecer com as comemorações do 25 de Abril, o 1º de Maio também tem vindo a ser um pouco esquecido por muitas pessoas.
Como em muitas outras coisas, nesta, também a memória dos Portugueses é curta.
Lembro-me bem do 1º de Maio de 1974, como foi bonito.
Depois, começaram as divisões partidárias, os festejos começaram a ser em locais diferentes consoante a cor de cada um, como se os problemas dos trabalhadores não fossem os mesmos uns dos outros.
Quando será que os sindicatos conseguirão distanciar-se das centrais a que pertencem e decidam comemorar o DIA DO TRABALHADOR em conjunto.
Quando será que os trabalhadores irão conseguir mostrar aos empregadores, ao Governo e aos próprios partidos que sem eles não há trabalho nem votos.
Esperemos que o 1º de Maio deste ano, apesar de ainda ser festejado separadamente, seja capaz de mobilizar um grande número de pessoas, provando que os trabalhadores continuam com força para lutar pelos seus direitos.
Viva o 1º de Maio

sábado, 19 de abril de 2008

PODER LOCAL (4)

Não vos vou incomodar mais com esta história, finalmente teve um fim feliz.
Conforme prometido, aqui estou uma vez mais a dar conhecimento dos últimos acontecimentos sobre este assunto.
Ontem (dia 18), quando cheguei a casa, estava a tal equipe de obras da CML a proceder aos arranjos necessários para resolução do problema.
Finalmente por volta das 18,30h tudo estava resolvido e eu podia finalmente ter a pressão de água normal.
Para verem a diferença, a pressão da água, á saída dos depósitos de Fontelas é de (mais ou menos) 4. Antes da reparação eu só tinha 1,5. Como é que eu e os outros moradores daquela rua não nos havíamos de queixar?
Tudo está bem quando acaba bem.
Quero aqui deixar, uma vez mais, os meus sinceros agradecimentos ao Senhor Presidente da Câmara Municipal da Lourinhã, pela sua intervenção neste assunto, intervenção essa, sem a qual nunca mais teríamos esta situação resolvida.
Também como prometi, irei escrever uma nova carta ao Senhor Presidente, dando conta da resolução do problema e agradecendo a sua pronta intervenção.

Este é o País que temos (pena é que nem sempre funcione assim e que nem todos tenham a vontade de resolver os problemas)
Desculpem lá os DESABAFOS

Pedro Pampulim

quarta-feira, 16 de abril de 2008

MAIS UM REFORMADO

Mais um reformado - Coitadinho !!!!!!!!!!!!!

VEJAM SÓ QUEM SE REFORMOU AGORA AOS 50 ANOS

Contra estas e outras coisas do género é que nos devíamos insurgir de verdade!...

MARQUES MENDES --- Novo pensionista

Aos 50 anos de idade e com 20 anos de descontos como Deputado, Marques Mendes acaba de requerer a Pensão a que tem direito, no valor mensal vitalício de 2905 euros mensais.

Contudo, um trabalhador normal tem de trabalhar até aos 65 anos e ter uma carreira contributiva completa durante 40 anos para obter uma reforma de 80% da remuneração média da sua carreira contributiva.

"Um povo imbecilizado e resignado,
humilde e macambúzio, fatalista e
sonâmbulo, burro de carga, besta de nora,
aguentando pauladas, sacos de vergonhas,
feixes de misérias, sem uma rebelião, um
mostrar de dentes, a energia dum coice, pois
que nem já com as orelhas é capaz de
sacudir as moscas..."

Guerra Junqueiro (escrito em 1886)

Parece que merecemos esta sina......

Este é o País que temos
Desculpem lá o DESABAFO

Pedro Pampulim

PODER LOCAL (3)

Cá estou eu uma vez mais .
Depois de terem detectado qual o problema que provocava a falta de pressão, começaram ontem as obras de reparação.
Espero dentro de dias poder dizer que, finalmente, o problema está resolvido.
Aqui me comprometo a relatar a sua resolução e ao mesmo tempo a escrever uma nova carta para o Senhor Presidente enviando os meus sinceros agradecimentos.

Este é o país que temos (nem tudo é mau)
Desculpem lá os DESABAFOS

Pedro Pampulim

segunda-feira, 14 de abril de 2008

AS CAMBALHOTAS DE JARDIM


Não, não é engano.
Eu não queria dizer "as cambalhotas no jardim" o que eu queria mesmo dizer foi o que leu:
"AS CAMBALHOTAS DE JARDIM".
Claro que estou a falar do Sr. Alberto João, quem mais poderia ser.
Quem mais poderia dar cambalhotas tão bem dadas como as dele.
O Senhor Jardim dá-se ao luxo de cancelar a recepção solene ao Presidente da Republica dizendo que não quer apresentar ao país e ao mundo aqueles "loucos" (palavras do senhor Jardim) porque seria uma má publicidade para o turismo da Madeira.
E não há quem dê um puxão de orelhas a este senhor que vai dizendo tudo o que quer e que lhe apetece.
E para falar das cambalhotas.
Em determinada altura Jardim dizia que Cavaco Silva apesar de não ter nascido na Madeira era um Madeirense porque tinha a madeira no coração.
Mais tarde, lembram-se o que é que o senhor Jardim disse em 2005, quando o actual Presidente da Republica Professor Cavaco Silva não apoiou o Dr. Pedro Santana Lopes?
Pois é, disse que o partido social democrata deveria abrir um processo disciplinar ao Prof. Cavaco Silva e que o Senhor Silva (palavras de Jardim) deveria ser corrido do partido.
Grandes cambalhotas dá Alberto João.
Para ele uma pessoa, seja ela quem for, uns dias é muito bom, passado algum tempo é um zero e depois volta a ser muito bom.
Quando voltar a haver campeonatos nacionais, europeus ou mundiais de ginástica, a Federação Portuguesa de Ginástica deveria levar Alberto João Jardim ás competições, seria medalha de OURO pela certa.

Este é o País que temos
Desculpem lá o DESABAFO

Pedro Pampulim

terça-feira, 8 de abril de 2008

ALGARVE


Este fim de semana que passou, aproveitei não estar de serviço no sábado dia 5 e na segunda dia 7 e fui até ao Algarve, mais propriamente até Tavira, aproveitando um prémio que tinha tido de uma noite num dos Hotéis Vila Galé. Escolhi o Vila Galé de Tavira, resolvi ficar duas noites pagando eu a segunda noite.
Já não ia ao Algarve desde 1990.
As diferenças que encontrei como devem calcular foram enormes.
Claro que, um fim de semana não dá para ver muitas coisas, mas mesmo assim deu para ver qualquer coisa (Tavira, Quarteira, Albufeira e Vilamoura).
Quanto ao Hotel, não quero deixar de dizer que gostei, gostei bastante. E não me refiro só ao Hotel como edifício, mas sim ao seu funcionamento, e ao seu pessoal que com o seu profissionalismo e simpatia nos fazem passar momentos muito agradáveis.
Depois, não posso deixar de referir dois restaurantes em Tavira onde tive o prazer de comer. Um junto ao cais de embarque para a Ilha de Tavira (Portas do Mar) onde desde o marisco até a uns filetes de polvo com arroz de coentros, tudo estava perfeito.
O outro, na parte velha da Cidade de Tavira (a churrasqueira do Manel) onde pude comer um delicioso arroz de lingueirão e um excelente bife na pedra, tudo estava maravilhoso.
Quero referir que quer num como no outro fui tratado com toda a simpatia.
Já lá vai o tempo em que os Portugueses no Algarve eram tratados como clientes de segunda.
Nas minhas voltas durante este fim de semana e passando por Albufeira, claro que não podia deixar de ir ver o ZOO.
Está um espaço muito bem conseguido, muito bem tratado e onde se passam momentos bem agradáveis. Quanto ao ZOO só quero aqui deixar dois DESABAFOS.
O primeiro é relacionado com a zona da restauração. Um espaço coberto, relativamente grande, mas onde penso que a comodidade para as pessoas que o utilizam, não está a ser bem pensada. A utilização das mesas e das cadeiras plásticas pouco confortáveis deixa um pouco a desejar.
O segundo é relacionado com o preço dos ingressos. Sei que um espaço daqueles requer uma manutenção muito grande e que certamente não será muito barata, assim como o pagamento a quem lá trabalha (e não são poucos), mas não posso deixar de fazer um cálculo ao que uma família que tenha por exemplo dois filhos tem que gastar para visitar aquele espaço.
Dois adultos e duas crianças só para entrar, não gasta menos de cerca de € 80,00. Claro está que terão que almoçar o que fará com que tenham que desembolsar qualquer coisa como pelo menos € 60,00, isto sem entrar em grandes exageros. Assim sendo estamos a falar já em € 140,00, o que convenhamos ser um pouco elevado para a maioria das famílias portuguesas.
Uma vez que o ZOO tem como fonte de receita, não só os ingressos, mas também tudo aquilo que vende nas diversas lojas de lembranças e cujos preços até não são muito baratos, não seria de tentarem colocar o preço dos ingressos um pouco mais baratos, nem que fossem só os preços para as crianças?
Estou certo de que isso será possível com um pouco de boa vontade.

Este é o País que temos.
Desculpem lá os DESABAFOS

Pedro Pampulim

sexta-feira, 4 de abril de 2008

PODER LOCAL (2)

PODER LOCAL

Conforme prometi, aqui estou a dar conta do que se passa em relação ao problema de que falei anteriormente.
Ontem por volta das 18,30 fui contactado pessoalmente por vários funcionários da CML no sentido de verificar a reclamação que tinha feito em carta registada para o Senhor Presidente.
Depois de várias tentativas conseguiram detectar qual o problema, mas como a sua resolução precisa de uma intervenção mais complicada, essa intervenção terá que ser feita no decorrer das próximas semanas.
Quero desde já agradecer ao Senhor Presidente a rápida resolução do problema, pedindo desculpa de o ter incomodado, pois penso que um Presidente de Camara, não deve estar a perder tempo com problemas desta natureza. Para estes problemas existem os senhores Engenheiros e outras pessoas que estão sentados nos seus gabinetes e que são pagos para tratarem destes assuntos.
Fico a aguardar a completa resolução do problema e desde já prometo que assim que estiver resolvido aqui darei conta disso.
Não sei só reclamar, também sei reconhecer quando as pessoas cumprem com os seus deveres e também sei agradecer.
Uma vez mais o meu muito obrigado ao Senhor Presidente.
Nem tudo é mau neste país.

Pedro Pampulim

segunda-feira, 31 de março de 2008

PODER LOCAL


Cá estou eu uma vez mais com os meus DESABAFOS.

Num outro blog que tenho ( 2ps.blogs.sapo.pt ) escrevi mais do que uma vez com o título PODER LOCAL, sobre um assunto que me vem afectando e do qual passo a resumir o que lá escrevi.

Fundamentalmente o que se passa é o seguinte:

Comprei uma casa em Fontelas, freguesia do Reguengo Grande, concelho da Lourinhã, não como segunda habitação, mas para habitação permanente.

Durante toda a minha vida (56 anos), morei em vários locais.

Lisboa durante 40 anos, Amadora, Sintra, depois Torres Vedras e agora Lourinhã.

Os motivos que me levaram a mudar de Torres Vedras onde me sentia muito bem, para a Lourinhã, mais não foram do que procurar uma habitação um pouco maior, mas nunca pensando perder a qualidade de vida que ali tinha.

Podem eventualmente as pessoas não saberem que neste momento a zona da Lourinhã é uma zona que está a ser alvo da procura de imóveis por parte de pessoas que querem ter a sua habitação permanente neste local, por parte de pessoas que compram aqui a sua segunda habitação e ainda por estrangeiros que procuram esta zona devido ao seu grande desenvolvimento.

O que acontece é que a Lourinhã tem duas zonas distintas. Uma primeira que fica no litoral com todas as praias bem conhecidas e uma segunda zona mais interior .

Não pensem que Fontelas, onde moro fica muito longe das praias, pois fica só a escassos 10 a 15 kms das praias de São Bernardino, Paimogo, Areia Branca e outras tantas.

Voltando ao meu problema.

Depois de adquirir a minha casa que fui estrear, deparei com uma situação nova para mim.

A água da rede para além de não ser aconselhável beber devido ao excesso de calcário, não tem pressão nenhuma. Quanto ao calcário da água e para terem uma ideia, periodicamente (dois em dois meses no máximo) tenho que limpar os filtros das torneiras de segurança, porque a quantidade de pedras é tal que faz com que o esquentador não expluda. Por outro lado como a pressão é muito pouca, fui obrigado a mudar o referido esquentador para um de baixa pressão. Acresce dizer que em fontelas há zonas onde a pressão é normal, logo por azar meu fui morar para uma rua que é servida penso que por um ramal mais velho cujos tubos devem ter um diâmetro mais pequeno ou já se encontram obstruídos pelo calcário.

No concelho da Lourinhã, nomeadamente em Fontelas somos servidos por água que vem de depósitos e que em pleno verão chegam a ser abastecidos por auto-tanques dos bombeiros.

Claro está que mesmo em pleno verão as zonas junto ás praias não sofrem do mal da falta de água, estão a ver porquê não estão?.

Como gosto de tratar dos assuntos seguindo as vias normais, desloquei-me aos serviços respectivo da Câmara Municipal da Lourinhã por mais de uma vez apresentando estas minhas reclamações. Numa das últimas vezes fiz a reclamação por escrito, ficando a aguardar uma resposta. Devo acrescentar que sempre que me dirigi aos serviços da CML fui sempre bem atendido, não tendo razões de queixa das pessoas.

Acontece que depois de passar muito tempo, resolvi escrever uma carta para o Senhor Presidente da Câmara Municipal da Lourinhã, Senhor José Manuel Dias Custódio, carta essa que enviei registada e com aviso de recepção em 22 de Fevereiro último.

Até hoje, dia 31 de Março ainda não obtive qualquer resposta á minha carta e como sempre me ensinaram que qualquer carta deve ter uma resposta, estou esperançado que essa resposta ainda não tenha vindo devido a afazeres do Senhor presidente e não porque tenha esquecido o assunto.

Não quero pensar que esta carta tenha sido arquivada ao abrigo do artigo Cesto (dos papeis).

Não quero pensar que na Lourinhã existam munícipes de primeira e de segunda.

Não quero pensar que os nossos autarcas só se lembrem de nós quando precisam do nosso voto.

Profissionalmente sou consultor imobiliário, exercendo a minha actividade precisamente na Zona Oeste, zona onde a Lourinhã se enquadra.

Será que devo continuar a promover os imóveis desta zona junto dos clientes, argumentando que é uma zona em desenvolvimento, como o tenho feito até ao momento, ou será que devo dizer ás pessoas o que realmente se passa?

Penso que as autarquias e os nosso autarcas, quando tentam atrair para as suas zonas os construtores e consequentemente novos moradores devem ter a preocupação de criar as infraestruturas necessárias para que as pessoas tenham uma qualidade de vida minimamente aceitável

Senhores autarcas, não se esqueçam que estamos em 2008 (século XXI) e que estamos na Europa.

Prometo voltar a este assunto logo que tenha novidades.



Este é o País que temos
Desculpem lá o DESABAFO



Pedro Pampulim

quinta-feira, 27 de março de 2008

OS TELEMÓVEIS

Fiquei impressionado ao ver na televisão a maneira como uma aluna e uma professora tratavam um simples telemóvel. Puxa para cá, puxa para lá e o coitado do telemóvel quase a cair para o chão e em risco de se partir todo.
Claro que não foi isto que me impressionou, desculpem lá a brincadeira.
O que na realidade me impressionou foi a falta de educação da menina dona do dito aparelho, do menino ou menina que se dedicou a filmar o que se passava, utilizando outro desses aparelhos e ainda o resto da turma que assistiam ao espectáculo sem nada fazerem.
É evidente que não defendo o regresso aos tempos em que se apanhava do professor porque lhe apetecia. mas alguma coisa tem que ser feita por quem de direito para que alunos cuja educação deixa muito a desejar transformem a escola num circo em que as feras em vez de estarem devidamente guardadas se sentem nas carteiras ocupando o lugar de alguns que apesar de terem vontade de estudar por vezes não têm essa possibilidade.
Dias depois vi outro filme que me fez muita confusão.
Enquanto uma professora explicava matéria, alguns meninos ditos alunos e que mais pareciam selvagens (desculpam lá os verdadeiros selvagens pela comparação) batiam com as mãos nas carteiras, gritavam, riam etc...etc...etc...
Afinal onde é que nós vamos parar?
Afinal em que País vivemos?


Este é o País que temos
Desculpem lá o DESABAFO

Pedro Pampulim

sexta-feira, 7 de março de 2008

MARÇO DE 2008 = A MARÇO DE 1974


POLÍCIA FOI ÀS ESCOLAS

Pois é, até parece que estamos em Março de 1974, antes da Revolução de Abril.

Nessa altura é que a polícia, quer a política quer a de segurança pública, bem como a GNR, faziam estas visitas para saber quem é que participava em conversas ditas perigosas, ou em manifestações etc...

Hoje tal como nessa altura, polícias á civil visitaram a Escola 2/3 Afonso IV em Ourém para saber quantos professores viriam á manifestação de amanhã dia 8 em Lisboa.

Disseram os referidos polícias que tinham ordens superiores e que tinha a ver com a concentração de trânsito em Lisboa.

Será que foram a todas as escolas do País?

Será que nas cabecinhas de quem os mandou lá passa a ideia de que só Ourém é que vem a Lisboa?

Será que não têm mais nada de importante que fazer?

Ou será que estamos a voltar mesmo aos tempos antigos em que quando saíamos á rua tínhamos a companhia de senhores vestidos de fato escuro por vezes com uma flor na lapela???????

É bom que as pessoas que mandam fazer estas perguntas não se esqueçam que o Povo português viveu 50 anos de fascismo, mas ao fim desses 50 anos deu-se o 25 de Abril em 1974, e que agora que ainda só passaram 34 anos depois da Revolução de Abril, o mesmo Povo português não está na disposição de aguentar mais 50 anos.

Esperemos que actos destes sejam apenas situações pontuais e não signifiquem aquilo que estou a pensar.

Este é o País que temos
Desculpem lá o DESABAFO

Pedro Pampulim

quarta-feira, 5 de março de 2008

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Parece que todos querem abater a Senhora Ministra da Educação.

Será que estamos todos errados ou haverá problemas muito graves com este Ministério?

Será que a culpa é só da Senhora Ministra ou deveremos pensar que o Senhor Primeiro Ministro também tem a sua parte de culpa nestes problemas?

Faz pouco tempo escrevi algures umas linhas com o título "PROFESSOR SOFRE", hoje o título deveria ser " ALUNOS SOFREM".

ALUNOS SOFREM porquê?
Já vão ver o porquê do título que eu deveria ter dado a este post.

Li no Jornal Correio da Manhã de hoje (dia 5 de Março) algumas coisas que me deixaram a pensar e que passo a transcrever:

CEM TURMAS ALMOÇAM E VÃO LOGO PARA O GINÁSIO

" Cem turmas do 2º e 3º Ciclos e Secundário não respeitam o intervalo de uma hora a seguir ao almoço para a prática de Educação Física "

MAIS AINDA

" Verifica-se ainda que 342 turmas não respeitam o intervalo para almoço, tendo aulas consecutivas "

Bom o artigo era muito maior e dizia ainda muito mais coisas inacreditáveis, mas estas me parecem chegar para ficarmos a pensar.

Como é possível fazer com que alguns dos nossos alunos tenham aulas consecutivas sem parar para almoçar?

Como é possível fazer com que alguns dos nossos alunos tenham Educação Física logo após o almoço em plena digestão?

Nem sequer faço comentários.
Deixo que pensem o que quiserem.

Este é o País que temos
desculpem lá o DESABAFO

Pedro Pampulim

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

OS DIRIGENTES PARTIDÁRIOS QUE TEMOS

Em entrevista á SIC Notícias, o Dr. Luís Filipe Menezes líder do PSD anunciou, que caso o seu partido ganhe as eleições legislativas de 2009, irá retirar a publicidade á RTP.

Já pensaram como é que a RTP iria cumprir os seus compromissos financeiros?
Já pensaram que iriam acabar por ser os contribuintes a pagar a factura?

Pois é, os dirigentes partidários abrem a boca e deitam cá para fora aquilo que lhes vem á cabeça, ou talvez pior ainda, aquilo que alguém lhes assobia aos ouvidos.

Estes são os partidos que temos.
Estes são os dirigentes partidários que temos.

Este é o País que temos.
Desculpem lá o DESABAFO

Pedro Pampulim

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

AI TIMOR TIMOR

ACABOU-SE O "REINADO"



Timor, por tudo aquilo que passou no passado recente, merece estar em paz, viver em tranquilidade e crescer economicamente.

A Democracia é muito boa para um povo, para uma Nação mas tem os seus inconvenientes. Por vezes não permite a quem governa tratar dos assuntos de forma a que eles não se repitam.

Felizmente que o Reinado "acabou", mas agora ficou o Salsinha.

Esperemos que Timor saiba resolver rapidamente este problema porque o seu Povo merece viver em Paz. Não se esqueçam de "limpar" todos os Salsinhas e acabar com os reinados.

Pedro Pampulim

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

PROFESSOR SOFRE

Acompanho com alguma atenção o que se passa a nível da educação no nosso país e em particular o que se passa com os nossos professores, até porque tenho na família e no meu circulo de amigos alguns professores.
Um destes dias, a falar com alguns deles, cheguei á conclusão de que neste momento estão a atravessar uma fase de muito trabalho.
Esta fase de muito trabalho, como se já não fosse suficiente o trabalho que têm normalmente, tem a ver com o facto de estarem a decorrer as avaliações de desempenho.
A propósito das avaliações de desempenho dizia um deles:

... Quem diria que, depois de quase 29 anos de serviço, teria este trabalho todo para ser avaliado, com aulas assistidas e tudo...

Será mesmo necessário este tipo de avaliação?
Será mesmo necessário sobrecarregar os professores com todo este trabalho?
Não haverá outra forma de se saber se um professor tem bom desempenho ou não?

Parece-me bastante exagerado o que estão a fazer aos nossos professores.
Aliás no nosso país as coisas funcionam normalmente assim. Ou não se faz nada ou então é o exagero

Este é o país que temos.
Desculpem lá o DESABAFO

Pedro Pampulim

2 0 0 8

JÁ ESTAMOS EM 2 0 0 8

Pois é, já estamos em 2008 e eu ainda não escrevi nada este ano.
Não fiquem felizes porque o facto de eu não ter escrito nada, não é porque não haja motivos para o fazer, infelizmente há e bastantes.
Não tem sido por falta de tempo, mas sim por falta de disposição.
Os temas que tenho para falar são tantos que tenho tido dificuldade em escolher qual o mais grave.
Preparem-se, porque estou de volta

Pedro Pampulim