domingo, 31 de agosto de 2008

ATÉ UM DIA LENA


Depois de uma ausência razoável, aqui estou eu uma vez mais.
Desta vez não para dizer mal de alguém ou de alguma coisa, mas para dar a conhecer uma triste notícia que recebi ontem (sábado dia 30 de Agosto) ao fim da tarde quando regressava a casa depois de mais um dia de trabalho.

Eram mais ou menos 17,30 recebi um chamada no meu telemóvel.
Um amigo de infância que já não via vai para 19 anos, mas com quem mantenho contacto via net ligou para me comunicar que a cunhada, minha amiga de longa data, tinha falecido de madrugada.
Foi um choque para mim, como devem calcular.
Apesar de saber que estava doente, com uma doença que não é comum e da qual os médicos só há mais ou menos uma dezena de anos têm alguns conhecimentos e mesmo sabendo que estava internada sensivelmente á quatro meses, nada me fazia pensar que a situação viesse a ter este desfecho.
Hoje fui acompanhar a minha amiga no começo da sua última viagem.

Não podia deixar de, aqui ter este desabafo e de lhe prestar a minha homenagem.

Tive a felicidade de conhecer a Lena há muitos anos atrás ( mais de 30), quando ela entrou para a empresa onde eu trabalhava (General Motors de Portugal Ldª).
Desde logo entre nós nasceu uma grande amizade.
Durante anos convivemos dia a dia tendo partilhado não só os momentos bons como também os menos bons que cada um de nós ia tendo.

Numa altura menos boa da minha vida (1985) a Lena foi uma das pessoas, para além dos meus familiares directos, que sempre esteve presente dando-me o seu apoio, a sua amizade e o seu carinho.

Os anos foram passando, partilhando momentos que nunca poderei esquecer.

Quando em 1989 por motivos profissionais nos afastámos fisicamente, a nossa amizade continuou.
Ainda hoje pude reler alguns e-mails que guardo e que fomos trocando ao longo destes anos.

A Lena foi sempre uma mulher trabalhadora, alegre, boa filha, boa mãe, adorava a irmã e uma verdadeira amiga dos seus amigos.

A Lena que nasceu a 29 de Maio de 1953, partiu ontem dia 30 de Agosto de 2008.

Uma vez mais quero aqui manifestar a minha solidariedade para com a sua mãe, irmã e filho neste momento difícil que atravessam.

Tenho a certeza de que a Lena, no local onde se encontra neste momento, estará sempre a olhar para e por nós.

ATÉ UM DIA LENA.

Esta é a vida que temos
Desculpem lá o DESABAFO

Pedro Pampulim