sexta-feira, 30 de maio de 2008

SESSÃO / FESTA


Esquerdas criticam situação social e convocam sessão/festa

Manuel Alegre, alguns dirigentes históricos do Partido Socialista e o Bloco de Esquerda tornaram pública uma declaração de crítica às políticas do governo de José Sócrates na área social, e de compromisso de falar claro "contra o pensamento único, a injustiça e a desigualdade".

O apelo conjunto, com 85 assinaturas, convoca para uma

Sessão/festa com intervenções de Manuel Alegre, José Soeiro, Isabel Allegro de Magalhães
e música dos Rádio Macau, Terrakota e António M Ribeiro


Terça-feira, dia 3 de Junho, 21h30, Teatro da Trindade - Lisboa
Apelo

O 25 de Abril e o 1º de Maio de 1974 ficaram para sempre associados ao imaginário da liberdade e da democracia. Continuam a ser uma referência e uma inspiração. Trinta e quatro anos volvidos, apesar do muito que Portugal mudou, o ambiente não é propriamente de festa. Novas e gritantes desigualdades, cerca de dois milhões de portugueses em risco de pobreza, aumento do desemprego e da precariedade, deficiências em serviços públicos essenciais, como na saúde e na educação. Os rendimentos dos 20 por cento que têm mais são sete vezes superiores aos dos 20 por cento que têm menos.A corrupção e a promiscuidade entre diferentes poderes criaram no país um clima de suspeição que mina a confiança no Estado democrático.Numa democracia moderna, os direitos políticos são inseparáveis dos direitos sociais. Se estes recuam, a democracia fica diminuída. O grande défice português é o défice social, um défice de confiança e de esperança.O compromisso do 25 de Abril exige que se restaurem as metas sociais consagradas na Constituição da República. E exige também uma crescente cidadania contra a insegurança, contra as desigualdades, por mais e melhor democracia.Não podemos, por outro lado, ignorar a persistência de uma política de agressão, bem como as repetidas violações do direito internacional e dos direitos humanos. Bagdad, Abu-Ghraib e Guantánamo são os novos símbolos da vergonha. Não se constroi a paz com a guerra. Nem se defende a democracia pondo em causa os seus princípios. E por isso, hoje como ontem, é preciso lutar pelos valores da Paz e pelos Direitos Humanos.Não nos resignamos perante as dificuldades. Como escreveu Miguel Torga – “Temos nas nossas mãos / o terrível poder de recusar.” Mas também o poder de afirmar e de dar vida à democracia.Os que nos juntamos neste apelo, vindos de sensibilidades e experiências diferentes, partilhamos os valores essenciais da esquerda em nome dessa exigência. É tempo de buscar os diálogos abertos e o sentido de responsabilidade democrática que têm de se impor contra o pensamento único, a injustiça e a desigualdade.
Manuel Alegre - deputado e escritor; Isabel Allegro Magalhães - professora universitária; José Soeiro - deputado; Abílio Hernandez - professor universitário; Acácio Alferes - engenheiro; Albano Silva - professor; Albino Bárbara - funcionário público; Alexandre Azevedo Pinto - economista, docente universitário; Alfredo Assunção - general, militar de Abril; Alípio Melo - médico; Ana Aleixo - médica; Ana Luísa Amaral - escritora; António Manuel Ribeiro - músico; António Marçal - sindicalista; António Neto Brandão - advogado; António Nóvoa - professor universitário; António Travanca - professor universitário; Augusto Valente - major general, militar de Abril; Camilo Mortágua - resistente; Carlos Alegria - médico; Carlos Brito - ex-deputado; Carlos Cunha - engenheiro; Carlos Sá Furtado - professor universitário; Carolina Tito de Morais - médica; Carreira Marques - ex-autarca; Cipriano Justo - médico; Cláudio Torres - arqueólogo; David Ferreira - editor; Dinis Cortes - médico; Edmundo Pedro - resistente, ex-deputado; Eduardo Milheiro - empresário; Elísio Estanque - professor universitário; Ernesto Rodrigues - escritor; Eunice Castro - sindicalista; Fátima Grácio - dirigente associativa; Francisco Fanhais - músico e professor; Francisco Louça - deputado; Francisco Simões - escultor; Helena Roseta - arquitecta, autarca; Henrique de Melo - empresário; João Correia - advogado; João Cutileiro - escultor; João Semedo - deputado; João Teixeira Lopes - professor universitário; Joaquim Sarmento - advogado, ex-deputado; Jorge Bateira - professor universitário; Jorge Leite - professor universitário; Jorge Silva - médico; José Aranda da Silva - ex-Bastonário Farmacêuticos; José Emílio Viana - dirigente associativo; José Faria e Costa - professor universitário; José Leitão - advogado, ex-deputado; José Luís Cardoso - advogado, militar de Abril; José Manuel Mendes - escritor; José Manuel Pureza - professor universitário; José Neves - fundador do PS; José Reis - professor universitário; Luís Fazenda - deputado; Luís Moita - professor universitário; Luisa Feijó - tradutora; Mafalda Durão Ferreira - reformada da função pública; Manuel Correia Fernandes - arquitecto, professor universitário; Manuel Grilo - sindicalista; Manuel Sá Couto - professor; Manuela Júdice - bibliotecária; Manuela Neto - professora universitária; Margarida Lagarto - pintora; Maria do Rosário Gama - professora; Maria José Gama - dirigente associativa; Mariana Aiveca - sindicalista; Natércia Maia - professora; Nélson de Matos - editor; Nuno Cruz David - professor universitário; Pacman - músico; Paula Marques - produtora; Paulo Fidalgo - médico; Paulo Sucena - professor; Pio Abreu - psiquiatra; Richard Zimmler - escritor; Rui Mendes - actor; Teresa Mendes - reformada da função pública; Teresa Portugal - deputada; Ulisses Garrido - sindicalista; Valter Diogo - funcionário público aposentado; Vasco Pereira da Costa - escritor, director regional da cultura;

terça-feira, 20 de maio de 2008

BOICOTE

Ontem recebi um e-mail sobre os sucessivos aumentos dos combustíveis.
E-mail esse que li com toda a atenção e ao qual não podia deixar de dar o meu apoio e de aqui o divulgar
No referido e-mail fazia-se o apelo para que nos próximos dias 1, 2 e 3 de Junho, as pessoas não abastecessem nos postos da Galp, da Bp e da Repsol, uma vez que são estes senhores que têm combinado os aumentos de preços, sugerindo que as pessoas vão abastecer aos postos que continuam a vender com preços mais baixos.

Na realidade esta situação é verdadeiramente escandalosa. Desde o principio do ano já foram feitos 20 aumentos aos preços dos combustíveis.

Na realidade já é hora de dizermos BASTA

Na realidade já é hora de se fazer alguma coisa

Diz o Governo que já pediu um inquérito.
Mas para quando teremos o resultado?
E que medidas irão ser tomadas?

Uma vez que a situação continua sem se ver uma luz ao fundo do túnel, é realmente hora de se passar á acção.

Portanto:

DIA 1, 2 E 3 DE JUNHO, PROCUREM NÃO ABASTECER NOS POSTOS DA GALP, BP E REPSOL.

Não custa nada ir abastecer noutro posto e até pode ganhar alguma coisa com isso. Lembre-se que entre os postos acima referidos e os outros chegam a existir diferenças de 6 ou 7 cêntimos por litro o que num abastecimento de 50 litros pode significar uma poupança de quase 3,50 euros.

Alguém um dia disse ... a luta continua, a vitória é certa.....

Podemos não conhecer o autor da frase
Podemos gostar ou não dessa pessoa e das suas ideias
Mas na realidade nada se consegue sem se lutar

DIAS 1, 2 E 3 DE JUNHO JORNADA DE LUTA CONTRA OS GRANDES SENHORES DA GALP, BP E REPSOL

Este é o país que temos
Desculpem lá o DESABAFO

Pedro Pampulim

quarta-feira, 14 de maio de 2008

SOBE, SOBE BALÃO SOBE

Uns anos atrás tivemos uma canção que fez algum êxito e que tinha por título precisamente : "Sobe, Sobe balão sobe"

Como a maior parte das canções que têm o seu tempo, também esta subiu tanto que o balão acabou por rebentar e se deixou de ouvir.

Apesar de não ter jeito nenhum para fazer letras para canções, hoje de manhã ao ouvir o noticiário na RFM, tive vontade de fazer uma letra com um titulo parecido e que seria:
" Sobe, Sobe combustível Sobe"

A intenção não seria de maneira nenhuma tentar ter êxito, mas sim ver se de uma vez por todas também este balão rebentava como o outro.

Muito sinceramente não sei o que é que estes "Senhores" querem fazer com estes aumentos sucessivos. Para quem não sabe, esta noite foram mais 3 cêntimos.

Só nos resta esperar que isto suba tanto que dê um estoiro de uma vez por todas e que os efeitos desse estoiro atinja em cheio quem tem provocado toda esta situação, porque nós trabalhadores, já estamos fartos de sermos atingidos por todos estes aumentos

Este é o País que temos
Desculpem lá o DESABAFO

Pedro Pampulim

sábado, 10 de maio de 2008

O PAÍS QUE TEMOS

PORTUGAL - PAÍS DE GRANDES DIFERENÇAS

Ontem, ao ver o noticiário da SIC, só não fiquei com os cabelos em pé porque uso gel e porque vou estando mais ou menos atento ao que se passa neste cantinho á beira mar plantado.

Todos sabemos (penso eu), que estamos a atravessar uma crise económica bastante grande, que cada vez mais há mais pessoas com grandes dificuldades, que o próprio Banco Alimentar disse recentemente que existe um maior número de pessoas que os procuram a pedir ajuda e alimentos, que cada vez mais a banca tem o crédito mal parado a aumentar de ano para ano, que os salários não acompanham o aumento de custo de vida etc...etc...etc...

Sabendo isto, como é possível ver e ouvir a notícia que deram ontem sobre os ricos em Portugal e ficar de braços cruzados.

Para quem não viu, aqui vão alguns exemplos do que ouvi ontem e me deixou completamente irritado:

Moradia na Quinta da Marinha com uma despesa mensal de manutenção de 2.000 euros custa 4,5 milhões de euros e têm dois clientes interessados.

Apartamentos de luxo no edifício do antigo Hotel Estoril Sol custam entra 1 milhão e 3,5 milhões de euros, já têm dezenas vendidos.

Numa ourivesaria de Lisboa ( em que o próprio proprietário estava admirado ), têm encomendas de relógios que só podem satisfazer em 2010 e 2012 e que custam 700.000 euros

Uma marca de automóveis de luxo que em 2006 estava a sentir uma quebra nas vendas, disse que 2007 foi um anos de recuperação tendo superado os números de 2006 e que no 1º trimestre de 2008 bateram o recorde de igual período de 2007. Carros que custam cerca de 150.000 euros

Estes, são alguns exemplos do que ouvi ontem.

Como eu, milhares de pessoas devem ter ouvido
Como eu, também os dirigentes partidários devem ter ouvido
Como eu, também os dirigentes sindicais devem ter ouvido
Como eu, também os nossos governantes devem ter ouvido
COMO EU TU TAMBÉM OUVISTE

PERGUNTO

Até quando ouviremos estas notícias?
Até quando ouviremos estas notícias sem dizer nada?
Até quando ouviremos estas notícias sem fazer nada?

Este é o País que temos
Desculpem lá o DESABAFO

Pedro Pampulim