sábado, 21 de junho de 2008

DEVEMOS PENSAR BEM NISTO

DEVEMOS PENSAR BEM NISTO.

Esta é a verdade e cabe-nos a nós mudarmos esta tendência.
Gostava de ter tido a sabedoria para ter escrito o texto que segue abaixo.
Eduardo Prado Coelho, antes de falecer, teve a lucidez de nos deixar esta reflexão, sobre nós todos, por isso façam uma leitura atenta.
Sei que o texto é extenso, mas lê-se facilmente, e também sei que muitos portugueses nem são muito dados a leituras mas, vale a pena ler (é a minha opinião!).
Cada um que interprete como bem entender...

ATREVE-TE A LER, OUSA REFLECTIR, SE TIVERES CORAGEM:

Precisa-se de matéria prima para construir um País
Eduardo Prado Coelho - in Público

A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres. Agora dizemos que Sócrates não serve. E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada. Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates.
O problema está em nós.
Nós como povo.
Nós como matéria prima de um país.
Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro.
Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais.
Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.
Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos ....e para eles mesmos.
Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.
Pertenço a um país:
- Onde a falta de pontualidade é um hábito;
- Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano;
- Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e, depois, reclamam do governo por não limpar os esgotos;
- Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros;
- Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é 'muito chato ter que ler') e não há consciência nem memória política, histórica nem económica;
- Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar alguns.
Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser 'compradas', sem se fazer qualquer exame;
- Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não lhe dar o lugar;
- Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão;
- Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes;
- Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado;
- Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas.

Não. Não. Não.

Já basta.

Como 'matéria prima' de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa.
Esses defeitos, essa 'CHICO-ESPERTICE PORTUGUESA' congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até se converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não noutra parte...

Fico triste.

Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje, o próximo que o suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos.
E não poderá fazer nada...
Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, nem serve Sócrates e nem servirá o que vier.

Qual é a alternativa?

Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror?

Aqui faz falta outra coisa.
E enquanto essa 'outra coisa' não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados....igualmente abusados!
É muito bom ser português. Mas quando essa Portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda...
Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um Messias.
Nós temos que mudar.
Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer.
Está muito claro... Somos nós que temos que mudar.
Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos:

Desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e, francamente, tolerantes com o fracasso.
É a indústria da desculpa e da estupidez.

Agora, depois desta mensagem, francamente, decidi procurar o responsável, não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir) que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido.
Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO DE QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO.
AÍ ESTÁ.
NÃO PRECISO PROCURÁ-LO NOUTRO LADO.

E você, o que pensa?....

MEDITE!

EDUARDO PRADO COELHO

Este é o País que temos
Desculpem o DESABAFO

Pedro Pampulim

quinta-feira, 19 de junho de 2008

É IMPRESSIONANTE

Talvez umas duas ou três semanas atrás fui ao mercado da Lourinhã para comprar peixe na banca do costume. A senhora já me conhece e falamos sobre as mais variadas coisas.
Como não pode deixar de ser no Portugal de hoje, ou se fala da nossa Selecção ou se fala dos problemas que quase todos atravessamos hoje em dia.
Nesse dia falámos dos problemas dos pescadores, do preço do gasóleo etc...etc...etc...

Disse-me então a senhora que os pescadores estavam indignados pois o preço do gasóleo que eles utilizam é o mesmo que o que é utilizado pelos proprietários dos barcos de recreio (veleiros, iates, etc...).

Na altura fiquei a pensar nesse assunto e sem dizer nada achei que talvez não fosse verdade, talvez fosse um pouco de exagero da parte dela.

Pois é, afinal parece que é mesmo verdade.

Hoje de manhã quando saí de casa e liguei o rádio do carro na RFM como é habitual, ouvi as noticias. E não é que uma das noticias era sobre esse assunto.
Diziam então que o Senhor Ministro ia analisar a situação do gasóleo utilizado pelos iates e veleiros para ver se aquele gasóleo estava a ser utilizado nas embarcações com fins comerciais ou não. Era mais ou menos isto.

Quando cheguei ao escritório e liguei o computador, fui ver os e-mails recebidos. Lá estava um, enviado por uma pessoa da minha família e que falava sobre esse mesmo assunto.
Segundo ele, o gasóleo utilizado pelos proprietários dessas embarcações custa € 0,80 tal como o utilizado pelos pescadores.

É IMPRESSIONANTE

Eu e milhares de Portugueses como eu que utilizamos o nosso carro para ir trabalhar ou mesmo como ferramenta de trabalho como o meu caso, temos que pagar o gasóleo a €1,42 e os "senhores" e os "meninos" que andam a passear e a brincar pagam o mesmo gasóleo a € 0,80.

Para além de IMPRESSIONANTE, é uma VERGONHA e uma AFRONTA

Nem faço mais comentários porque iriam ser tão desagradáveis que não me vou atrever a fazê-lo aqui.

Só nos resta mesmo que a Selecção Portuguesa de Futebol ganhe hoje á Alemanha para passarmos á fase seguinte e para ver se temos mais umas alegrias

Este é o País que temos
Desculpem lá o DESABAFO

Pedro Pampulim

sexta-feira, 13 de junho de 2008

ISTO É UMA VERGONHA

Gostava muito de não estar sempre a falar das mesmas coisas, mas na realidade é muito difícil.

Viveram-se nos últimos dias momentos de grande confusão que eu não quero comentar neste momento.

Uma das situações mais graves, foi a falta de combustíveis que prejudicou muito boa gente.

O que eu quero aqui comentar neste momento é a atitude que a GALP teve assim que soube que os transportadores iriam começar a rolar.

Lembro que nos postos da GALP á altura em que começou esta situação o gasóleo estava a 1,41.

Pois os "senhores" da GALP assim que souberam o resultado do encontro da Batalha resolveram nessa mesma noite aumentar os combustíveis, passando o gasóleo para 1,42.

O que é que estes "senhores"estão a pedir?
O que é que o Governo está á espera para tomar medidas?
Até quando teremos que suportar estas situações?

Tenho consciência de que não são assuntos de fácil resolução, mas se houvesse vontade política por parte dos nossos governantes que se fartam de dizer que são Socialistas, que dizem ser de esquerda e que criticam a direita, tudo estaria bem melhor e quando digo tudo seria mesmo tudo: A saúde, a educação, a agricultura, as pescas, a segurança social, o desemprego, a precariedade dos empregos etc...etc...etc...etc...

Este é o País que temos
Desculpem o DESABAFO

Pedro Pampulim

quarta-feira, 11 de junho de 2008

FALHAS GRAVES


Por vezes, ao falarmos, utilizamos expressões menos próprias. Umas que já se usaram e agora não, mas que todos compreendemos e aceitamos outras que com o passar dos anos e as alterações na história do nosso País não se devem usar porque se tratam de erros graves e que até podem ser mal interpretados e ofender algumas pessoas.

Podemos ter como exemplo expressões como:

Ultramar Português, Províncias Ultramarinas ou até o feriado de 10 de Junho que antes do 25 de Abril era chamado de Dia de Camões, da Raça e de Portugal e que por motivos óbvios passou a ser chamado apenas e só Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

Portanto devemos ter algum cuidado quando falamos.

Principalmente quando se tratam de pessoas com cargos públicos e ou políticos e que se dirigem ao País.

Senhor Presidente da República, com todo o respeito que tenho pelos mais altos cargos deste meu País e por V. Exª, não posso deixar de lhe fazer este reparo, Dia da Raça NÃO por favor, isso era no tempo do Salazarismo que felizmente acabou com a revolução do 25 de Abril de 1974.

Estou certo de que, como Presidente de todos os Portugueses como V. Exª faz questão de afirmar, numa próxima ocasião terá o cuidado de não utilizar esta expressão.

Este é o País que temos
Desculpem lá o DESABAFO

Pedro Pampulim