quinta-feira, 30 de setembro de 2010

CRIMINOSOS Á SOLTA NO LADOEIRO


Para quem não sabe o Ladoeiro é uma pacata localidade do Concelho de Idanha-A-Nova.

Conheço pessoalmente o Ladoeiro bem como muitas pessoas que de lá são oriundas e que lá habitam.

Portanto é com conhecimento de causa que digo que se trata de uma pacata localidade,
mas como qualquer regra tem uma exceção, no Ladoeiro isso também é uma realidade.

Tive conhecimento dum situação que lá se passou nos últimos dias e que parece que vem sendo de alguma forma já uma hábito.

Alguém cuja formação deixa muito a desejar, resolveu começar a matar indescriminadamente os cães e gatos que por ali andam. E se já era grave fazê-lo aos animais sem dono, esta "pessoa"(ao que se julga saber uma senhora)fá-lo de maneira que mesmo os animais com dono e que por ali passeiam são também seu alvo.

Resolveu esta "pessoa" espalhar rodelas de chouriço devidamente envenenadas por um espaço público (um pequeno jardim) por onde passeiam os animais e por onde andam crianças a brincar.

Recebi por escrito a denúncia desta situação que mais adiante tomo a liberdade de transcrever.

Uma vez que a GNR do Ladoeiro foi chamada para tomar conhecimento deste caso e que os militares ali deslocados recolheram alguns pedaços do chouriço envenenado, resta pois a esperança que de alguma maneira sejam tomadas medidas para que de futuro situações destas deixem de acontecer, bem como se for possivél identificar a autora deste bárbaro atentado, ela seja presente á justiça e que lhe seja dado o respectivo castigo.

De imediato transcrevo a denúncia que me chegou ás mãos



ENVENENAMENTO DE CÃES NO LADOEIRO (CONCELHO DE IDANHA-A-NOVA)

Venho por este meio pedir a vossa ajuda, para que casos como este, que aconteceram comigo, não tornem a acontecer.

Sou de Lisboa (Torres Vedras), casado e com dois filhos e temos dois cães: o Blacky e a Nina. Ambos foram apanhados na rua e trazidos para o seio da nossa família.

Durante o mês de Agosto, costuma ser habitual irmos ao Ladoeiro, terra onde estudei e de onde a minha família é oriunda, passar alguns dias, tendo levado a nina. Ao vir para Lisboa, decidi que a nina iria ficar com o meu pai, pois tem muito mais espaço para correr e saltar visto que tem um terreno com algumas dimensões e porque sei que é muito bem tratada por ele, pois todos nós adoramos animais. Tínhamos combinado ir busca-la no fim de semana de 25,26 de Setembro.

No dia 25 conforme o combinado, estamos nós a caminho do Ladoeiro, quando ao ligar para o meu pai, fico a saber que ele ia para um veterinário de Castelo Branco com a Nina, pois desconfiava que ela tinha sido envenenada. È claro que inicialmente não estranhei esse facto, pois eu sei como é que são os cães, que comem tudo o que apanham, por isso nunca pensei que fosse mesmo envenenamento, talvez algo estragado. Mas ao chegar ao Ladoeiro e após o meu pai chegar com a Nina, fiquei com toda a certeza que ela havia sido envenenada da maneira mais brutal que havia visto até hoje. Ele desconfiou disso porque no veterinário, ao fazer a cadela vomitar, reparou-se que havia chouriço no meio da comida. Ninguém lá em casa havia sequer pegado em chouriço para comer, quanto mais dá-lo aos cães. E foi quando ele disse que havia de ir dar uma volta ao local onde costumava passear com os cães, exterior ao nosso terreno, para ver se encontrava algo parecido, pois já tinha visto alguém a pôr pó amarelo para os cães não fazerem as necessidades naquele local e a mandar vir por os cães irem para lá. O local em si, fica mesmo em frente ao polidesportivo do Ladoeiro e é um terreno em forma de triângulo com três árvores, que pertence a junta e serve de embelezamento aquele local.

Assim, decidi ir eu investigar o local e é quando encontro logo ao pé de uma das arvores, dois bocados de chouriço negro, ou morcela. Peguei nesses dois bocados com um saco e fui mostrá-los ao meu pai, pois tinha sido ele quem tinha estado com a nina no veterinário e viu o que ela havia vomitado. Era aquilo mesmo. “Alguém” tinha posto aquilo no terreno, de propósito para envenenar os bichos que lá fossem fazer as necessidades, ou que por instinto, lá fossem passear e cheirar. Após ter regressado ao local descobri o pior: não eram só duas ou três rodelas, eram à vontade uma dezena delas, muito bem espalhadas e camufladas junto às árvores e ao longo de todo o terreno. É claro que desconfiamos de quem o tenha feito, mas não havendo provas concretas, não se pode acusar a pessoa. Só a podemos acusar de ter posto o tal pó que afasta os animais, mas não tenho grandes dúvidas que tenha sido a mesma.

Como se não bastasse a situação em si, é preciso termos noção que o envenenamento é proibido e que mesmo ao lado do polidesportivo do Ladoeiro, existe uma escola primária e um jardim de infância, onde por vezes, as crianças ao regressarem a casa, passam por ali para brincar ou jogar e até como já foi visto, sentarem-se na erva com os educadores. Como é normal, qualquer criança leva seja o que for à boca. Graças a deus que não aconteceu e que não havia aulas nesses dias. Posteriormente apresentamos queixa à GNR de Idanha-a-Nova, tendo eles estado no local para averiguar e recolher dois bocados de chouriço para análise. Informaram também quem de direito pelo sucedido e pediram para que rapidamente tirassem do jardim todos os bocados de chouriço.

Fiquei também a saber que este não foi o primeiro caso de envenenamento de cães e gatos naquela zona. Têm aparecido bastantes animais mortos e com indícios de envenenamento, tendo a veterinária de Castelo Branco, referido que actualmente é esse o modo de envenenar os animais, não só no Ladoeiro, mas também em Castelo Branco.

Resta-me apelar ao meios de comunicação social para que divulguem esta informação, pois quem faz isto merece ser punido. Iremos também agir de forma judicial, mas penso que é necessário que o país tenha conhecimento deste tipo de situações, pois não é humano andar por ai a matar animais só porque eles vão para um jardim. Quanto a Nina, posso só referir que não desejo a ninguém o que ela passou e o que eu e a minha mulher passamos, pois estivemos sempre juntos dela até ela falecer e muitas das horas já ela estava em delírio, a ganir, a ladrar e a mexer-se como se estivesse a correr, mas deitada. Isto tudo efeitos do veneno no sistema nervoso, que no final deram origem a convulsões bastante grandes, originando assim o cansaço e por final o “rebentar” dos órgão dela. Ela esteve assim durante 14 horas, tendo falecido às 06h da manhã.

Não o desejo mesmo a ninguém. Já para não falar do estado psicológico em que nós e os nosso filhos ficamos. A Nina não fazia mal a ninguém e só queria era festas e mais festas. Nem sequer aos gatos era capaz de fazer mal. Era uma cadela muito meiga, que trouxe muito alegria e carinho para a nossa família e que de um momento para o outro, desapareceu da maneira mais rude e desumana que alguém possa imaginar.

Obrigado pela atenção e espero que nos ajudem a divulgar este acontecimento.


Estamos ao vosso dispor para qualquer esclarecimento.


Resta-me pois acrescentar que esta denúncia me foi enviada pelo autor da mesma devidamente identificado e assinada por Tiago Frederico da Luz Santos Paixão

Será que a dita senhora não tem mais nada que fazer do que se entreter a "assassinar" animais indefesos?

Será que os moradores do Ladoeiro que têm conhecimento desta situação e que sabem quem é a referida senhora não serão capazes de a denunciar?


Será que este "ser humano" pior do que alguns animais não terá o castigo que merece?

Até quando situações destas acontecerão?

Até quando teremos que esperar para que sejam feitas e postas em prática leis que protejam os direitos dos animais?

Este é o País que temos
Desculpem lá o DESABAFO

Pedro Pampulim