segunda-feira, 31 de março de 2008

PODER LOCAL


Cá estou eu uma vez mais com os meus DESABAFOS.

Num outro blog que tenho ( 2ps.blogs.sapo.pt ) escrevi mais do que uma vez com o título PODER LOCAL, sobre um assunto que me vem afectando e do qual passo a resumir o que lá escrevi.

Fundamentalmente o que se passa é o seguinte:

Comprei uma casa em Fontelas, freguesia do Reguengo Grande, concelho da Lourinhã, não como segunda habitação, mas para habitação permanente.

Durante toda a minha vida (56 anos), morei em vários locais.

Lisboa durante 40 anos, Amadora, Sintra, depois Torres Vedras e agora Lourinhã.

Os motivos que me levaram a mudar de Torres Vedras onde me sentia muito bem, para a Lourinhã, mais não foram do que procurar uma habitação um pouco maior, mas nunca pensando perder a qualidade de vida que ali tinha.

Podem eventualmente as pessoas não saberem que neste momento a zona da Lourinhã é uma zona que está a ser alvo da procura de imóveis por parte de pessoas que querem ter a sua habitação permanente neste local, por parte de pessoas que compram aqui a sua segunda habitação e ainda por estrangeiros que procuram esta zona devido ao seu grande desenvolvimento.

O que acontece é que a Lourinhã tem duas zonas distintas. Uma primeira que fica no litoral com todas as praias bem conhecidas e uma segunda zona mais interior .

Não pensem que Fontelas, onde moro fica muito longe das praias, pois fica só a escassos 10 a 15 kms das praias de São Bernardino, Paimogo, Areia Branca e outras tantas.

Voltando ao meu problema.

Depois de adquirir a minha casa que fui estrear, deparei com uma situação nova para mim.

A água da rede para além de não ser aconselhável beber devido ao excesso de calcário, não tem pressão nenhuma. Quanto ao calcário da água e para terem uma ideia, periodicamente (dois em dois meses no máximo) tenho que limpar os filtros das torneiras de segurança, porque a quantidade de pedras é tal que faz com que o esquentador não expluda. Por outro lado como a pressão é muito pouca, fui obrigado a mudar o referido esquentador para um de baixa pressão. Acresce dizer que em fontelas há zonas onde a pressão é normal, logo por azar meu fui morar para uma rua que é servida penso que por um ramal mais velho cujos tubos devem ter um diâmetro mais pequeno ou já se encontram obstruídos pelo calcário.

No concelho da Lourinhã, nomeadamente em Fontelas somos servidos por água que vem de depósitos e que em pleno verão chegam a ser abastecidos por auto-tanques dos bombeiros.

Claro está que mesmo em pleno verão as zonas junto ás praias não sofrem do mal da falta de água, estão a ver porquê não estão?.

Como gosto de tratar dos assuntos seguindo as vias normais, desloquei-me aos serviços respectivo da Câmara Municipal da Lourinhã por mais de uma vez apresentando estas minhas reclamações. Numa das últimas vezes fiz a reclamação por escrito, ficando a aguardar uma resposta. Devo acrescentar que sempre que me dirigi aos serviços da CML fui sempre bem atendido, não tendo razões de queixa das pessoas.

Acontece que depois de passar muito tempo, resolvi escrever uma carta para o Senhor Presidente da Câmara Municipal da Lourinhã, Senhor José Manuel Dias Custódio, carta essa que enviei registada e com aviso de recepção em 22 de Fevereiro último.

Até hoje, dia 31 de Março ainda não obtive qualquer resposta á minha carta e como sempre me ensinaram que qualquer carta deve ter uma resposta, estou esperançado que essa resposta ainda não tenha vindo devido a afazeres do Senhor presidente e não porque tenha esquecido o assunto.

Não quero pensar que esta carta tenha sido arquivada ao abrigo do artigo Cesto (dos papeis).

Não quero pensar que na Lourinhã existam munícipes de primeira e de segunda.

Não quero pensar que os nossos autarcas só se lembrem de nós quando precisam do nosso voto.

Profissionalmente sou consultor imobiliário, exercendo a minha actividade precisamente na Zona Oeste, zona onde a Lourinhã se enquadra.

Será que devo continuar a promover os imóveis desta zona junto dos clientes, argumentando que é uma zona em desenvolvimento, como o tenho feito até ao momento, ou será que devo dizer ás pessoas o que realmente se passa?

Penso que as autarquias e os nosso autarcas, quando tentam atrair para as suas zonas os construtores e consequentemente novos moradores devem ter a preocupação de criar as infraestruturas necessárias para que as pessoas tenham uma qualidade de vida minimamente aceitável

Senhores autarcas, não se esqueçam que estamos em 2008 (século XXI) e que estamos na Europa.

Prometo voltar a este assunto logo que tenha novidades.



Este é o País que temos
Desculpem lá o DESABAFO



Pedro Pampulim

2 comentários:

musicallis disse...

Por isso se diz, PODER LOCAL...
Agora percebo...
o poder não é dos municipes, pois não???
Ainda estás à espera da resposta???
Dizes tu que te ensinaram que qualquer carta deve ter resposta, pois é maninho, mas quem te disse que a esse senhor lhe ensinaram o mesmo?
Dizia a nossa avó:
«A instrução aprende-se na escola mas a educação vem do berço!»
Senta-te e espera sentado, levanta-te apenas no dia das eleições...
Ainda é , e reforço AINDA, um direito que nos assiste... a bem da nação...

Estou assim, como vez, sarcástica e farta de tanta cretinice

Um beijinho grande

musicallis disse...

É claro que VEZ, era de ver, logo não com Z mas com S.
Desculpa
Bjs