quinta-feira, 20 de novembro de 2008

INTERVALO

Depois duma altura em que escrevia mais assiduamente, fiz um intervalo. Não porque, não existam motivos, histórias e casos que não fossem dignos dumas linhas, mas porque era difícil escolher qual das situações era mais merecedora dos meus reparos.
A propósito de intervalo, foi precisamente por causa duma sugestão de intervalo que hoje aqui estou mais uma vez.
E que sugestão foi essa perguntam vocês. Não estão mesmo a ver?

Então vamos lá a essa sugestão.

Todos sabemos que há intervalos no cinema, no teatro, no futebol, etc...etc...etc...

Na política também há intervalos. O intervalo para férias da Assembleia da República por exemplo, o intervalo para férias dos partidos políticos, etc...etc...etc...

O que eu nunca tinha ouvido falar, era que poderia haver um intervalo na escolha de um regime politico de um determinado país.
Mas como estamos sempre a aprender, talvez esta seja uma das oportunidades que temos de aprender mais qualquer coisa.

Alguém do alto do seu pedestal, abre a boca e deixa sair uma "maravilhosa" solução para os problemas do nosso País

"...pare-se a democracia durante seis meses, resolva-se todos os problemas e voltemos á democracia..."

Isto é realmente um espanto.

Agora, já se pode pedir democracia, como quem está num restaurante.

"Olhe por favor, traga-me 34 anos de democracia"

"estava muito bom, agora traga-me 6 meses de ditadura por favor"

" deliciosa esta ditadura, agora traga-me por favor um cheirinho de anarquia"

Como é que é possível que o maior partido da oposição, tenha como dirigente uma pessoa que faz semelhantes observações?

Como é possível que alguém que pensa vir a ser o Primeiro Ministro de Portugal possa dizer tamanho disparate?

Como é possível que um partido como o PSD, que tem pessoas capazes e inteligentes, possa permitir que uma pessoa possa dizer coisas destas, ainda por cima numa entrevista?

Para mim, das duas uma:
Ou a Drª estava a brincar o que não me parece muito provável porque a pessoa em questão tem sempre um ar de poucas brincadeiras, ou então algo de muito mais grave se passa neste País.

Não sou Comunista, não sou Socialista e muito menos Social Democrata, no entanto espero que os dirigentes e militantes do PSD, que durante o silêncio prolongado da Drª em questão, se manifestaram preocupados com esse silêncio, vejam que se calhar era preferível esse período do que aquele que vivem actualmente em que consecutivamente são ditas coisas que estão a deixar toda a gente preocupada e de boca aberta.

Este é o País que temos

Desculpem lá o DESABAFO

Pedro Pampulim

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